quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AS CORES LÁ FORA

Cheiro de mato, de solo molhado
Vento soprando em minha varanda
As tardes de outono me deixam mais pálido
No sol ofuscado de minhas lembranças
Será que nosso amor ficou naquele verão?
Será que o sonho foi tão passageiro?
Que não conheceu a troca de estação
Que não se tornou real e perfeito
Se meus olhos em dor não chovessem
E as nuvens a minha tristeza não olhassem
Se as flores do jardim jamais morressem
E as cores lá fora, de forma nenhuma cessassem
Mas um dia o relógio do tempo parou no momento, na hora errada
Minha vida ficou presa aqui dentro
Para sempre trancada nessa velha, fria e solitária casa

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