segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

VOCÊ


Você que me interpreta de maneira diferente
Tem sua linha de pensamento complexa e exigente
Apesar de seus questionamentos serem bastante inteligentes
Sinto a necessidade de críticas pairando em sua mente
Você que diz ser forte na sua falha progressão
Imprime as suas regras com frieza nas opiniões
Você que contradiz, mas não quer cair em contradição
E diante de suas dúvidas tenta esconder sua abstração
Você que adverte o erros alheios com imensa facilidade
Não descreve sua culpa no exagero de busca por estabilidade
Você que pouco aplaude e julga as possibilidades
Precisa aceitar que muitos lutam por sua própria felicidade

O TESOURO MAIS VALIOSO

Às vezes nos esquecemos
De onde e como viemos
Sem saber pra onde
E quando partiremos
Vivemos em função do momento
De um instante tão pequeno
Da ilusão de ser feliz
Sem fazer nada para isso
Sem assumir com a verdade
Um real compromisso
Não importa o que tenha sido feito
Ou desfeito por apenas tentar
O que importa é a vontade
De quem sabe um dia em fim acertar
O tesouro mais valioso no fundo da alma está
E não precisa de mapa pra sua beleza alcançar

PAZ EM MEU CORAÇÃO!


Não fui promovido e nem coagido
Nos valores torpes desta fria humanidade
Não fui gerado em meio a delinquência
Às margens da já enraizada falsidade

Ah minha vida, hoje peço permissão
De trazer a existência, a paz em meu coração
Aos meus sonhos clamo a realização
De ver o mundo ser liberto do caos da destruição

A cada dia que eu viver, em cada oração que fizer
Minha mente será elevada no auge da minha fé
Distribuir a genuína alegria para quem assim a quiser

Venerar toda beleza vislumbrada no mistério do amor
Encontrar a maior proeza, delicadeza de uma fina flor
Derrubar a barreira criada do aluno ao Professor

HORAS DE TÉDIO


Dias semelhantes a estes
Chuvosos, sem cor
Até o absoluto silêncio me incomoda
Não vejo cores lá fora
E aqui dentro menos
Não sinto nada a não ser
Agonia em horas de tédio
Tento ouvir música
Mas não há nada diferente para ouvir
Tento me animar
E um desânimo absurdo não deixa
Mas de que adiantará toda esta minha queixa

ESPERO QUE VOCÊ NÃO SE ESQUEÇA


Você ouvirá mais não do que sim de mim
Posso lhe apoiar em seus erros
Mas não me peça para lhe incentivar a cometê-los
Por favor, não me venha com absurdos
Seus pensamentos confusos precisam se libertar
Você que já conhece tudo do certo como do errado
Não é nenhuma criança e sabe tomar decisão
Agora se você quer se afundar num buraco
Não será eu que irá lhe ajudar nessa triste missão
Eu te amo mesmo que seu orgulho seja maior , lhe cegue e não perceba
Sempre fiz o possível para lhe ver sorrir, espero que você não se esqueça
Espero sua gratidão, que ao menos você reconheca

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SEM AMOR NADA VALERIA

A ciência, as profecias e tudo mais passará
Mas se não tiver amor, de nada valerá
A vida que o homem semeia no presente
Na verdade é a morte prévia do futuro
Sobra “inteligência” e falta coração
Aos medíocres seres da “evolução”
Aos malditos monstros da destruição
Não somos os únicos seres vivos da natureza
Mas todos querem usufruir de ar puro e beleza
Um dia o mar através de suas geadas derretidas
Vai nos varrer como lixo por toda essa selvageria
Matam nossos rios, nosso fôlego,  nossas árvores
Enquanto a ciência ainda sonha
Que haja um habitável “marte”
Seria bom se houvesse
Pois a Terra parece estar sendo desativada

NO TECLAR DAS EMOÇÕES

Escrever é a arte de amadurecer
Até no amadorismo tem que ter profissionalismo
Tem que ter desejo próprio
Fazer crescer respeito ao próximo
Escrever é a arte de existir
Ter vida eterna na escrita
Entregar-se ao sentir
Veja este humilde verso
Com carinho o entrego
Sinta que uma linda poesia
Nos livra da apatia
Sentimento livre em detalhadas atribuições
Verdades dedilhadas no teclar das emoções
Certeza constatada em crescentes pulsações
Nosso amor é força máxima e anula condições


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

VOCÊ ME ALUCINA

Sem pretexto, sem argumento
Dá seu jeito, ajusta seu tempo ao meu
Sem contratempo, dê seguimento
A tudo que um dia você me prometeu
É o que, você tem novas desculpas?
Não aceito viver de talvez
Será que minhas vistas estão turvas?
Ou você me feriu outra vez
Entreguei minha vida e assim a domina
Com sua forma voraz de me devorar
Hoje assumo, é verdade, você me alucina
Mas controlo a vontade de lhe esganar

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ESPELHO D' ÁGUA

Vejo teu rosto refletido
Através deste espelho d' água
Aos poucos sou consumido
Por sua beleza em meus olhos cravada
Vejo sua imagem linda
Reproduzida em meu pensamento
Sinto como é fina
A forma rica de seus sentimentos
Vejo as águas movimentadas por um brando vento
Mostrando a leveza de seu suave soprar
Contemplo seu rosto balançando em fragmentos
Lembrando o reflexo da lua no agitado mar
Vejo sonhos liberados sobre a superfície de minh' alma
Inundando os meus olhos de brilho e esperança
Nesse espelho d' água que em mim reflete toda calma
Num sorriso límpido e surpreso de criança


MEU NOME

Eu tenho um nome
Uma marca pela qual vou sempre zelar
A minha imagem se identifica por meu caráter
O meu status é de vencedor
Mas o meu ego não se desenvolve
A humildade sim, prolifera em meu ser
O amor que eu posso e devo oferecer
Eu tenho um nome
Pelo qual Deus me chama
E o meu temor me faz querer jamais sujá-lo
A minha coragem alimenta bons atos
Mas minhas fraquezas tentam ofuscar-me
A batalha sei que se torna constante
Na missão de paz designada a mim


Quantos nomes já foram manchados
Carregando vergonha e ocupando lugar de desonra
Não existe escritor reconhecido sem nome
E quem não vive o que escreve se chama farsante

DANIEL DE MELO GUIMARAES

REGRESSO


Depois de ser ferido e atropelado
Por muitos pés pisoteado
Depois de como vidro ter sido estilhaçado
Regressou em cacos e se recompôs

Mas continua mole apesar de tudo
E corre os mesmos ricos de antes
Mas hoje se encontra mais maduro
E reage aos taques e ataques constantes

Regressou com a razão de mãos dadas com a emoção
Desenhou seu caminho no corpo da alma
Para que sua notável humildade não se tornasse em vão
Carregou sempre a cor do perdão em sua palma